O presente artigo tem o objetivo de analisar o posicionamento dos estados quanto à execução da despesa pública em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) entre 2000 e 2016. Para tal, foi proposto um coeficiente de estabilidade dos investimentos em CT&I, utilizando a estatística descritiva como ferramenta analítica. Foi possível classificar os estados em quatro grupos distintos. Os estados pertencentes ao grupo (A) têm níveis de gastos e coeficiente de estabilidade superior à média nacional, o grupo (B) é composto pelos estados com alto coeficiente de estabilidade e baixo volume de investimentos. O grupo (C) representa a pior situação, em que os estados, além de terem um volume de gastos em P&D muito abaixo da média nacional, ainda assim demostram instabilidade desses gastos durante o período analisado e o grupo (D) com níveis de investimento superior à média nacional, porém com coeficientes de estabilidade abaixo da média nacional. Tais resultados confirmam a hipótese de que a produção científica e tecnológica e os transbordamentos de conhecimento não se distribuem de forma equânime entre as regiões e estados, havendo uma aglomeração em que a produção é também geograficamente concentrada.