Este artigo estima o impacto de longo prazo de uma política de austeridade sobre as regiões brasileiras. A principal contribuição é medir esses efeitos a partir de um modelo dinâmico e inter-regional de equilíbrio geral computável, capturando os impactos indiretos em setores e regiões, somado aos efeitos diretos do corte dos gastos. Os principais resultados mostram que o ajuste fiscal atenuaria o crescimento na maioria dos estados brasileiros em 2037. Municípios localizados nas regiões mais pobres seriam relativamente mais afetados. Além disso, o ajuste teria um impacto negativo na desigualdade regional em todos os cenários, tanto a nível estadual quanto municipal.