O objetivo deste trabalho é investigar as disparidades intrarregionais da região Nordeste do Brasil, a partir da diferenciação da sua estrutura produtiva. Para isso, aplica-se a análise de decomposição espacial inspirada em Feldman et al. (1987) e adaptada de acordo com as propostas de Dietzenbacher et al. (2000) e Jackson e Dzikowski (2002). A base de dados utilizada é uma matriz de insumo-produto (GUILHOTO et al., 2010), ano base 2004, com 111 setores econômicos e 10 regiões (nove estados do Nordeste e restante do Brasil). Os principais resultados apontam que a demanda final desempenha papel relevante na determinação da diferença do produto das atividades ligadas ao segmento de serviços, principalmente dos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco. Por outro lado, a demanda final não é responsável pelas diferenças no produto entre algumas atividades da agropecuária, de setores ligados à indústria de alimentos e da produção de fumo. Além disso, a demanda final não explica as diferenças na produção de praticamente todas as atividades dos estados de Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte.