Neste trabalho buscou-se testar a hipótese, presente na literatura sobre políticas afirmativas no ensino superior, de que há uma incompatibilidade entre o aluno que ingressa por meio de cotas e o ambiente acadêmico com elevada exigência de desempenho. Foram utilizados dados referentes aos ingressantes entre 2013 e 2017 da Universidade Federal de Sergipe com informações sobre desempenho acadêmico até maio de 2018, perfil do aluno e curso. Métodos estatísticos e econométricos foram empregados nas análises e as estimativas apontam que, em geral, os cotistas se saem melhor do que ampla concorrência. Porém, esta vantagem prevalece apenas no quantil mais baixos da distribuição de notas até a mediana. A partir do terceiro quartil não há evidências sistemáticas de diferenças entre os grupos.