Resumo
O estado de Sergipe respondeu, em 2017, por 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da região Nordeste e 0,6% do PIB brasileiro (IBGE, 2019). A crise econômica enfrentada pelo país (2014-2016) impactou a economia sergipana de forma mais intensa do que a economia nacional. O PIB estadual registrou queda de 5,2%, em 2016, contra 3,2% do PIB brasileiro. Diversos dos seus indicadores socioeconômicos pioraram quando comparado a outros estados brasileiros. A título de ilustração, a taxa de desocupação no último trimestre de 2018 foi de 15% em Sergipe, maior do que a registrada pelo Brasil, de 11,6%. Além disso, esta situação se agravou por conta dos impactos econômicos decorrentes da pandemia COVID-19. De acordo com dados de emprego formal do CAGED, até maio de 2020, Sergipe já apresenta variação relativa do saldo acumulado de -4,58%, acima da taxa do Nordeste (-3,91%) e do Brasil (-2,95%). Nesse contexto, é fundamental avaliar os impactos de curto prazo e pensar alternativas de crescimento sustentado para a economia sergipana no longo prazo. Assim, quais os custos econômicos decorrentes da COVID-19 em Sergipe? Quais seriam os setores sergipanos mais dinâmicos no longo prazo? Quais os impactos econômicos de investimentos estruturantes anunciados no estado? Na tentativa de responder estas perguntas, o objetivo geral desta proposta de pesquisa é avaliar a estrutura produtiva e as trajetórias de crescimento de curto e longo prazo da economia sergipana. Uma das principais contribuições desta proposta de pesquisa é utilizar duas metodologias de forma complementar no sentido de oferecer subsídios às políticas de planejamento do estado de Sergipe. Para tanto, será utilizada a matriz de insumo-produto (MIP) inter-regional estimada por Haddad et al. (2017), ano base 2011, especificada para as 27 Unidades da Federação e constituída por 68 setores e um modelo inter-regional e dinâmico de Equilíbrio Geral Computável, calibrado para o ano de 2013.
Coordenador
Luiz Ribeiro
Período
2021-2024
Financiamento
CNPq